
O número de trabalhadores brasileiros que ganham até um salário mínimo foi de 27,6% último no trimestre de 2015 para 30,09% no igual período de 2018, no fim do governo Temer. Em 2022, no primeiro trimestre, o total de profissionais que recebiam até o piso alcançou 38,22% da força de trabalho ocupada no país, considerando o âmbito formal e informal de mercado. Os dados fazem parte de levantamento feito pelo economista Lucas Assis, da Tendências Consultoria, a pedido do jornal O Globo.
Em 2022, o salário mínimo está em R$ 1.212. E com a alta da inflação, o governo federal tem a projeção de R$ 1.310,17 para o salário mínimo em 2023, estratégia que mantém a sistemática adotada nos últimos anos no Brasil, voltada para não conceder aumento real ao salário mínimo. Tal aumento só ocorre quando o valor é calculado acima da situação inflacionária.
Ao voltar para a análise do economista Lucas Assis, no governo Bolsonaro, os trabalhadores que ganham até o salário mínimo cresceu 8,2 pontos percentuais. Isso representa 36,4 milhões de brasileiros, número que é 8,3 milhões superior ao observado no fim do governo Temer.
No âmbito geral do mercado, o cenário ocorreu no segmento formal e informal. Na relação daqueles que têm carteira assinada, o aumento de trabalhadores que ganham o piso foi de 14,06% no fim do governo Temer para 22,48% no primeiro trimestre deste ano. No caso dos informais, a alta foi de 53,46% para 61,73%.
De acordo com a análise econômica, o cenário liga o alerta para o mercado brasileiro, que ainda passa por momento de recuperação dos impactos da recessão do biênio 2015-2016, que causou a queda no número de pessoas empregadas, com registro de 12% de desocupados no período. Atualmente a taxa ficou em 10,5%, segundo os dados de abril deste ano.
Comente este post