O Bahia largou em desvantagem na disputa por uma vaga nas quartas de final da Copa do Brasil. Na noite desta quarta-feira (22), o Esquadrão até saiu na frente do Athletico-PR, após o gol de falta de Lucas Mugni. Mas o time baiano levou a virada ainda no primeiro tempo e foi derrotado por 2×1.
Os gols do rubro-negro foram marcados por Christian e Pedro Rocha. O resultado força o Esquadrão a vencer o jogo da volta por dois gols de diferença para avançar na competição de forma direta, ou por um gol para forçar a decisão por pênaltis. O duelo será disputado no dia 12 de julho, na Arena da Baixada
O Bahia agora volta a focar na Série B. Neste sábado (25), a equipe recebe o Novorizontino, às 16h, na Fonte Nova, pela 14ª rodada do Brasileirão. O tricolor é o terceiro colocado na segundona, com 25 pontos.
CÉU E INFERNO
Sem poder contar com Rildo, Guto Ferreira optou por preencher o meio-campo. Ele promoveu o retorno de Rezende e montou o tricolor com dois atacantes. O Athletico-PR até tentou esboçar certa pressão no ataque, mas o Esquadrão precisou de apenas três minutos para abrir o placar.
Na saída errada do rubro-negro, Rodallega recuperou, avançou em velocidade e foi derrubado na entrada da área. Na cobrança da falta, Lucas Mugni bateu direto e marcou um golaço na Fonte Nova.
A felicidade azul, vermelha e branca durou pouco. Aos nove minutos, Khellven fez a jogada do lado esquerdo da defesa tricolor e cruzou na área. O volante Christian ganhou da marcação de Douglas Borel e chutou forte, no canto de Danilo Fernandes, para empatar a partida.
Com a igualdade no placar, o jogo ficou equilibrado. O Bahia apostava na construção pelo meio, principalmente com Daniel e Mugni, para tentar furar as linhas defensivas do Athletico-PR. Do outro lado, os paranenses tentavam jogar nas costas dos laterais do tricolor. A estratégia deu certo.
Aos 30 minutos, Luiz Henrique escorregou e não conseguiu cortar o lançamento. A bola sobrou para Khellven que disparou em velocidade e cruzou rasteiro. Pedro Rocha chegou na frente de Ignácio e tocou para o fundo das redes. Foi a virada paranaense na Fonte Nova.
Após o gol, o Athletico-PR recuou a marcação e passou a buscar o contra-ataque. Com mais campo para trabalhar, o Esquadrão tentou atacar pelos lados do campo, mas pecava no passe final e não conseguiu criar lances de perigo. Ao fim do primeiro tempo, o time foi vaiado por parte da torcida.
SEM REAÇÃO
Após o erro no segundo gol do Athletico, Luiz Henrique foi sacado do time no intervalo e o Esquadrão voltou com Djalma na lateral esquerda. Como era esperado, o Bahia começou a segunda etapa mais presente no campo ofensivo. Logo aos três minutos, Rodallega ficou de cara com o gol, mas Bento fez a defesa.
Minutos depois, o colombiano tentou pegar a sobra após corte da defesa, mas o chute dentro da grande área saiu mascado e facilitou a vida dos athleticanos
Aos poucos, o Furacão saiu do campo de defesa e começou a incomodar o Bahia. A falta de ação do tricolor no ataque deixou a torcida impaciente. O lateral Douglas Borel virou alvo e recebeu vaias a cada toque na bola.
Para tentar mudar o panorama do jogo, Guto Ferreira desfez a trinca de volantes e colocou o atacante Raí no lugar de Patrick. Vitor Jacaré também foi para o campo, na vaga de Davó. A maior quantidade de atacantes não se traduziu em superioridade ofensiva e o Esquadrão continuou sem criar grandes chances.
Quem teve a bola do jogo no segundo tempo foi o Athletico. Aos 33 minutos, Pedrinho entrou na área tabelando e chutou no canto. Danilo Fernandes fez grande defesa e evitou o gol.
Diante da dificuldade de quebrar as linhas do rival, o Bahia apostou em chutes de fora da área nos minutos finais, mas não teve sucesso. Sem reação, restou ao tricolor lamentar a derrota em casa.
FICHA TÉCNICA
Bahia 1×2 Athletico-PR – oitavas de final da Copa do Brasil (ida)
Bahia: Danilo Fernandes, Douglas Borel (André), Ignácio, Luiz Otávio e Luiz Henrique (Djalma); Patrick (Raí), Rezende Mugni (Falcão) e Daniel; Matheus Davó (Jacaré) e Rodallega. Técnico: Guto Ferreira.
Athletico-PR: Bento, Khellven, Pedro Henrique (Matheus Felipe), Nico Hernández e Abner; Hugo Moura, Christian (Pedrinho) e David Terans (Léo Cittadini); Pedro Rocha (Erick), Pablo (Matheus Babi) e Cuello. Técnico: Felipão.
Local: Fonte Nova
Gols: Lucas Mugni, aos 3 minutos, Christian, aos 9 minutos, Pedro Rocha, aos 30 do 1º tempo
Cartão amarelo: Rezende, Vitor Jacaré, Daniel, Douglas Borel, Rodallega (Bahia); Hugo Moura e Nico Hernández
Público: 20.235 pagantes
Renda: R$ 345.634,00
Arbitragem: Braulio da Silva Machado, auxiliado por Alex dos Santos e Thiaggo Americano Labes (trio de Santa Catarina)
VAR: Rodrigo Nunes de Sá (RJ)
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